Abstract
ABSTRACT – The aim of this paper is to investigate the modes of production of the Rede Wayuri, a network of interconnected indigenous communicators from 23 ethnic groups from the upper part of the Negro River, in the state of Amazonas, Brazil. We call as journalistic network the connection between all human and non-human beings that makes it possible to produce a translation of the world. We present net-activism as an approach to thinking about the narratives from the edges of the planet and, finally, use the concept of sympoiesis to define the production of the Rede Wayuri as sympoietic journalism.
RESUMO – O objetivo deste artigo é investigar os modos de produção da Rede Wayuri, formada por comunicadores indígenas de 23 etnias do Alto Rio Negro, no estado do Amazonas, no Brasil. Denominamos rede jornalística a conexão entre todos os seres humanos e não-humanos que possibilitam a produção de uma tradução do mundo. Apresentamos o net-ativismo como uma abordagem para pensar as narrativas das bordas do planeta e, por fim, acionamos o conceito de simpoiese para definir a produção da Rede Wayuri como um jornalismo simpoiético.
RESUMEN – El objetivo de este artículo es investigar los modos de producción de la Rede Wayuri, formada por comunicadores indígenas del Alto Río Negro, en el estado de Amazonas, Brasil. Llamamos red periodística a la conexión entre todos los seres humanos y no humanos que hace posible producir una traducción del mundo. Presentamos el net-activismo como un enfoque para pensar las narrativas desde los bordes del planeta e, finalmente, utilizamos el concepto de simpoiesis para definir la producción de la Rede Wayuri como un periodismo simpoiético.
References
Castells, M. (2013). Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Zahar.
Coletivo Emergências. (2024, January 31). Seminário Jornalismos Possíveis – Encontro 3: Jornalismo e Ativismos, com Cláudia Ferraz [Vídeo]. Youtube. Retrieved from www.youtube.com/watch?v=kHatYqC_cow
Di Felice, M. (2013). Ser redes: o formismo digital dos movimentos net- ativistas. MATRIZes, 7(2), 1982-8160. DOI: 10.11606/issn.1982-8160.v7i2p49-71
Di Felice, M. (2017). Net-ativismo: da ação social para o ato conectivo. Paulus.
Di Felice, M. (2019). La cittadinanza digitale: La crisi dell’idea occidentale di democrazia e la partecipazione nelle reti digitali. Meltemi.
Di Felice, M. (2023). A cidadania digital e a complexidade amazônica (ideias para acelerar o fim do Antropoceno). In M. Magalhães, M. Di Felice, & T. Franco (Eds.), Cidadania digital: a conexão de todas as coisas (pp. 27–48). Alameda.
Di Felice, M., & Pereira, E. S. (2017). Formas comunicativas do habitar indígena: a digitalização da floresta e o net-ativismo nativo no Brasil. In M. Di Felice & E. S. Pereira (Eds.), Redes e ecologias comunicativas indígenas: as contribuições dos povos originários à teoria da comunicação (pp. 41–62). Paulus.
Fellner, A. M. R., Oliveira, L. C., & Merkle, L. E. (2020). Entre algumas outras tecnologias: o desafio de reafirmar a ancestralidade para transformar a contemporaneidade rumo ao bem viver. REBELA: Revista Brasileira de Estudos Latino-americanos, 10(2), 2237-339X. Retrieved from https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/rebela/article/view/4188
Ferraz, C., & Melo, A. B. V. (2024). O arco e flecha digital da Rede Wayuri. Entrevista com a comunicadora indígena Cláudia Ferraz. In M. Magalhães, E. Medeiros, T. Franco & S. Nascimento (Eds.), Relatos de uma (in)certa Amazônia (pp. 187–201). Alexa Cultural/EDUA.
Grohmann, R., & Salvagni, J. (2023). Trabalho por plataformas digitais: do aprofundamento da precarização à busca por alternativas democráticas. Edições Sesc São Paulo.
Haraway, D. (2016). Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Duke University Press.
Kopenawa, D., & Albert, B. (2015). A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras.
Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.
Krenak, A. (2020). O amanhã não está à venda. Companhia das Letras.
La Cadena, M. (2024) Seres-terra: cosmopolíticas em mundos andinos. Bazar das Letras.
Laia, E. J. M. (2023). Notas para uma ecologia das narrativas autônomas em audiovisual streaming: do Junho de 2013 à pandemia. Mídia e Cotidiano, 17(2), 2178-602X. DOI: 10.22409/rmc.v17i2.57398
Laia, E. J. M., & Guimarães, L. L. (2022). Coisas, mundos, traduções: dobras para uma comunicação pelo equívoco. Contracampo, 41(3), 2.238 – 2.577. DOI: 10.22409/contracampo.v41i3.52775
Lemos, A. (2021). Dataficação da vida. Civitas: revista de Ciências Sociais, 21(2), 1.984 – 7.289. DOI: 10.15448/1984-7289.2021.2.39638
Lozovei, J. C. (2021). Estudo da Rede de Comunicadores Wayuri. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, 17(1), 2.525–4.529. Retrieved from https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/2249
Magalhães, M. (2018). Net-ativismo: protestos e subversões nas redes sociais digitais. ICNOVA.
Magalhães, M., & Franco, T. (2023). Notas sobre o net-ativismo e a cidadania digital: uma introdução à obra. In M. Magalhães, M. Di Felice & T. Franco (Eds.), Cidadania digital: a conexão de todas as coisas (pp. 15-23). Alameda.
Magalhães, M., & Nascimento, S. (2024). Mapeamento e diagnóstico da presença de comunidades ribeirinhas do Baixo Amazonas na internet. In M. Magalhães, E. Medeiros, T. Franco & S. Nascimento (Eds.), Relatos de uma (in)certa Amazônia (pp. 88-106). Alexa Cultural/EDUA.
Marcondes Filho, C. (2000). A saga dos cães perdidos. Hackers Editora.
Medeiros, E. (2022). O jornalismo em equívoco: sobre o telefone celular e a invenção diferenciante. Editora UFJF.
Moreira, F. C. (2017). As formas comunicativas do habitar xamânico. In M. Di Felice & E. Pereira (Eds.), Redes e ecologias comunicativas indígenas: as contribuições dos povos originários à Teoria da Comunicação (pp. 119–159). Paulus.
Oliveira, L., Figueroa, J., & Altivo, B. (2021). Pensar a comunicação intermundos: fóruns cosmopolíticos e diálogos interepistêmicos. Galáxia, 46(1), 1.982–2.553. DOI: 10.1590/1982-2553202147910
Pereira, E. S. (2023). Genealogia e perspectivas epistemológicas da comunicação indígena digital no Brasil. In M. Magalhães, M. Di Felice & T. Franco (Orgs.), Cidadania digital: a conexão de todas as coisas (pp. 129–154). Alameda.
Portal g1. (2021, July 11). Prêmio Pulitzer concede menção especial a adolescente que filmou morte de George Floyd. Retrieved from https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/06/11/premio-pulitzer-concede-mencao-especial-a-adolescente-que-filmou-morte-de-george-floyd.ghtml
Rede Wayuri. (2024, September 4). Quem somos. Retrieved from https://redewayuri.org.br/quem-somos/
Rodrigues, A. S. B., Menezes, G. M., & Lopes, R. F. (2018). Jornalismo e processos socioculturais na Amazônia: ressonâncias ideológicas na cobertura ambiental. Aturá – Revista Pan-Amazônica de Comunicação, 2(2), 2.526–8.031. Retrieved from https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/atura/article/view/5029
Secretaria de Comunicação Social. (2023, August 7). Brasil tem 1,69 milhão de indígenas, aponta Censo 2022. Retrieved from www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2023/08/brasil-tem-1-69-milhao-de-indigenas-aponta-censo-2022
Territórios Livres, Tecnologias Livres. (2024, September 4). Mapeamento. Retrieved from https://territorioslivres.intervozes.org.br/?page_id=461
Terso, T. (2023) Ativismo digital e rede de redes. In A. Bravin & E. Medeiros (Eds.), Ativismos, Segurança Digital e Narrativas Autônomas (pp. 61–107). UFOP.
Traquina, N. (2005). Teorias do Jornalismo, porque as notícias são como são. Insular.
Van Dijck, J. (2016). La cultura de la conectividad: una história crítica de las redes sociales. Siglo Veintiuno Editores.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Brazilian journalism research