Collectors of Daily Life: The Literary Journalist, the Anthropologist, and Their Fieldwork
PDF (English)
PDF (PT)

Palavras-chave

Literary journalism
Anthropology
Fieldwork
Reporting
Ethnography

Como Citar

Guimarães de Carvalho, B., & de Almeida Evangelista, R. (2018). Collectors of Daily Life: The Literary Journalist, the Anthropologist, and Their Fieldwork. Brazilian Journalism Research, 14(3), 798–815. https://doi.org/10.25200/BJR.v14n3.2018.1120

Resumo

Literary journalists and anthropologists conduct their fieldwork with similar tools and goals. Both use listening and observation to establish contact with the Other - the group being studied - and therefore identify, understand and interpret daily interactions and scenes. In spite of the similarities, their conduct in the field suffers interference due to the certain particularities of each one of them: production conditions, professional relations, social roles, methodological principles, professional ethics and the commitment to the final product – scientific research or literary reporting. In this article, we put forth a theoretical reflection about the similarities and contrasts between the fieldwork of literary journalists and anthropologists. At the same time, we reflect on what characterizes each of these professional researchers and their respective disciplines. For this purpose, we explore authors such as Harrington (2003), Martinez (2008; 2017), Lago (2010), Brandão (2007), Travancas (2002; 2014) and Gillespie (2012).

Jornalistas literários e antropólogos vão a campo com ferramentas e buscas em comum. Ambos usam a escuta e a observação para estabelecer contato com o Outro – o grupo pesquisado – e, assim, identificar, compreender e interpretar relações e cenas cotidianas. Apesar das proximidades, a conduta de cada um deles em campo sofre interferências devido a particularidades carregadas na bagagem: condições de produção, vínculos de trabalho, papéis sociais, princípios metodológicos, ética profissional e compromisso com o produto final – a pesquisa científica ou a reportagem literária. Neste artigo, levantamos uma reflexão teórica acerca das conexões e contrastes entre o trabalho de campo praticado pelo jornalista literário e pelo antropólogo. Ao mesmo tempo, buscamos refletir sobre o que caracteriza cada um desses profissionais-pesquisadores e suas respectivas disciplinas. Para tal, são explorados autores como Harrington (2003), Martinez (2008; 2017), Lago (2010), Brandão (2007), Travancas (2002; 2014) e Gillespie (2012).

Periodistas literarios y antropólogos van al campo con herramientas y búsquedas en común. Ambos usan la escucha y la observación para establecer contacto con el Otro - el grupo investigado - y así identificar, comprender e interpretar relaciones y escenas cotidianas. A pesar de las similitudes, la conducta de ambos en campo sufre interferencias debido a particularidades cargadas en el equipaje: las condiciones de producción, los vínculos de trabajo, los papeles sociales, los principios metodológicos, la ética profesional y el compromiso con el producto final - la investigación científica o el reportaje literario. En este artículo, levantamos una reflexión teórica acerca de las conexiones y contrastes entre el trabajo de campo practicado por el periodista literario y el antropólogo. Al mismo tiempo, buscamos reflexionar sobre lo que caracteriza cada uno de esos profesionales-investigadores y sus respectivas disciplinas. Con este objectivo, se exploran autores como Harrington (2003), Martinez (2008; 2017), Lago (2010), Brandão (2007), Travancas (2002; 2014) y Gillespie (2012).

https://doi.org/10.25200/BJR.v14n3.2018.1120
PDF (English)
PDF (PT)

Referências

Anpocs. (2006, October 26). CA 02 - Parte 01 - Conversa com a autora: Mariza Corrêa (UNICAMP) [Vídeo]. Retrieved from https://www.youtube.com/watch?v=3llejOXalD0

Bak, J. S. (2011). Introduction. Introduction. In J. S. Bak & B Reynolds. (Eds.). Literary Journalism Across The Globe: Journalistic traditions and transnational influences (Ed. 1, pp. 1-20). Amherst: University of Massachusetts Press.

Brandão, C. R. (2007). Reflexões sobre como fazer trabalho de campo. Sociedade e Cultura, 10 (1), pp. 11-27.

Corrêa, M. (2008). Não se nasce homem. In T. Joaquim (Ed.), Encontros Arrábida. Masculino/Feminino. Lisboa: Afrontamento.

Gillespie, B. (2012). Building Bridges between Literary Journalism and Alternative Ethnographic Forms: Opportunities and Challenges. Literary Journalism Studies, 4 (2), pp. 67-79.

Gonçalves, G. O. & Medina, C. (2018). The Sign of Relation and the Challenges of Journalistic Narratives on the LGBT Community. Brazilian Journalism Research, 14 (1), pp. 54–75. DOI: 10.25200/BJR.v14n1.2018.1066

Harrington, W. (2003). What Journalism Can Offer Ethnography. Qualitative Inquiry, 9 (1), pp. 90-104. DOI: 10.1177/1077800402239342

Ingold, T. (2011). Being Alive: Essays on movement, knowledge and description (1st Ed.) Nova Iorque: Routledge.

Malinowski, B. K. (1978). Argonautas do Pacífico ocidental: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné, Melanésia (2nd Ed.). São Paulo: Abril Cultural.

Martinez, M. (2008). The Good Listeners: Joseph Mitchell (U.S.), José Hamilton Ribeiro (Brazil) and Literary Journalism. Brazilian Journalism Research, 4 (1), pp. 121-139. DOI: 10.25200/BJR.v4n1.2008.139

Martinez, M. (2017). Jornalismo Literário: revisão conceitual, história e novas perspectivas. Intercom - RBCC, 40 (3), pp. 21-36. DOI: 10.1590/1809-5844201732

Martins, Eliane (2010, 5 de fevereiro). Entrevista – Eliane Brum. Associação Brasileira de Imprensa Online. Retrieved from www.abi.org.br/entrevista-eliane-brum/

Medina, C. (2006). O signo da relação: Comunicação e pedagogia dos afetos. [s.l.]: Paulus.

Medina, C. (1996). Povo & personagem. Canoas: Ulbra.

Necchi, V. (2009). A (im)pertinência da denominação “jornalismo literário”. Estudos em Jornalismo e Mídia, 6 (1), pp. 99-109. DOI: 10.5007/1984-6924.2009v6n1p99

Neveu, E. (2006). Sociologia do jornalismo (1st Ed.). São Paulo: Edições Loyola.

Oliveira, L. R. C. (2007). O Ofício do Antropólogo, ou Como Desvendar Evidências Simbólicas. Brasília: DAN/UnB.

Pena, F. (2007). O jornalismo Literário como gênero e conceito. Contracampo, 17 (s.I.), pp. 43-58. DOIi: 10.22409/contracampo.v2i17.349

Rovida, M. F. (2015). Etnografia e reportagem jornalística: aproximação possível para uma metodologia de pesquisa empírica. Líbero, 18 (35), pp. 77-88.

Seibt, T. (2013). Filho da Rua: jornalismo etnográfico ou reportagem de ideias?. Verso e Reverso, 27 (65), pp. 102-107.

Silva, K. G. F. (2013). O etnógrafo e o jornalista: o olhar e a escuta como ferramentas de trabalho. Estudos em Jornalismo e Mídia, 10 (1), pp. 41-51. DOI: 10.5007/1984-6924.2013v10n1p41

Singer, J. B. (2009). Ethnography. Journalism and Mass Communication Quarterly, 86(1), pp. 191-198. DOI: 10.1177/107769900908600112

Travancas, I. (2002). Jornalistas e antropólogos – semelhanças e distinções da prática profissional. In Anais, XXV Congresso Anual em Ciência da Comunicação (Vol.1), Salvador, BA, Brasil.

Travancas, I. (2014). A experiência do trabalho de campo no universo da comunicação. Revista Extraprensa, 7 (2), pp. 19-25.

Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de propriedade dos autores, com direitos de primeira publicação para o periódico. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, para fins educacionais e não-comerciais.

 

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.