Resumo
Ao procurar problematizar as concepções tradicionais da identidade jornalística, este artigo oferece uma crítica às estruturas aparentemente naturais, até mesmo “do senso comum”, sobre a exclusão social, que atualmente sustentam a sua formulação. Em primeiro lugar, e mais especificamente, explora uma série de insights fornecidos por feministas e por perspectivas críticas de estudos de gênero ao jornalismo. Ao avaliar os imperativos tipicamente sutis do sexismo presentes nos relatos noticiosos, ele sugere que a identidade jornalística continua a ser definida pela “cultura machista” no cotidiano da redação, onde as percepções da discriminação sexual das jornalistas do sexo feminino costumam variar acentuadamente em relação às realizadas por seus colegas do sexo masculino. Em segundo lugar, o texto foca a questão da diversidade étnica, em que a necessidade de desconstruir a projeção racista das dicotomias “nós e eles”, exatamente como assumidas e refletidas nos relatos das notícias, revela-se como uma preocupação urgente. Ao juntar estes respectivos conjuntos de debates, principalmente de contextos britânicos e norte-americanos, este artigo visa contribuir com esforços conceituais para esclarecer ainda mais as maneiras pelas quais as escolhas rotineiras e cotidianas dos jornalistas com relação àquilo que é para relatar – qual a melhor maneira de fazê-lo, e por que – os envolvem numa política de mediação, na qual uma cultura de alteridade se mostra muitas vezes significativa.Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de propriedade dos autores, com direitos de primeira publicação para o periódico. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, para fins educacionais e não-comerciais.
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