O Jornalismo de “Dados”, uma Prática de Investigação? Um olhar sobre os casos alemão e grego
PDF (Português (Brasil))

Mots-clés

Jornalismo de dados
Alemanha
Grécia
Imaginário
Jornalismo investigativo

Comment citer

Charbonneaux, J., & Gkouskou-Giannakou, P. (2015). O Jornalismo de “Dados”, uma Prática de Investigação? Um olhar sobre os casos alemão e grego. Brazilian Journalism Research, 11(2), 266–291. https://doi.org/10.25200/BJR.v11n2.2015.592

Résumé

Esta contribuição explora a relação entre as rotinas de trabalho tradicionais do jornalismo investigativo e rotinas emergentes do jornalismo de “dados”. Como as culturas jornalísticas europeias reagiram a esse fenômeno, geralmente considerado como um vetor potencial para uma profunda desestabilização de práticas profissionais já estabelecidas no campo? E, para além disso, em que medida elas provocaram uma redefinição das contornos – já imprecisos – de uma profissão que atualmente tem questionado o seu futuro? Este artigo busca examinar em que medida o discurso sobre o jornalismo de “dados” também reflete as práticas do jornalismo investigativo e, nesse sentido, a ética profissional e os ideias jornalísticos. Com esse objetivo, trabalhamos com dois casos europeus, o alemão e o grego. A comparação dos dois casos, por meio de uma análise detalhada da proximidade dessas práticas, permite entender o processo de estruturação do discurso profissional, os imaginários que o alimentam, e o destaca – por meio de uma visualização retórica – como a dimensão implícita aos discursos sobre o jornalismo de “dados” está profundamente relacionado à forma como a informação deve ser lida.
https://doi.org/10.25200/BJR.v11n2.2015.592
PDF (Português (Brasil))

Références

BOLTER, J. D.; GRUSIN R. Remediation: Understanding New Media. Cambridge: MIT Press, 1999.

CANDEL, E. Une ration quotidienne de statistiques. La pratique éditoriale du "chiffre du jour" dans la presse écrite. La Communication nombre, n°28, p. 37-52, 2008.

CHIGNARD, S. Open Data. Limoges: Éditions FYP, 2012.

DASTON, L. ; GALISON, P. Objectivity. New York: Editions Zone Book, 2007

GARRISON, B. Diffusion of online information technologies in newspaper newsrooms. Journalism, vol. 2 n° 2, p. 221-239, 2001.

GRAY, J.; CHAMBERS, L., BOUNEGRU, L. The Data Journalism Handbook. O’Reilly: Sebastopol, 2012.

HALLIN, D.; MANCINI, P. Comparing Media Systems: Three models of media and politics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004

JEANNERET, Y.; SOUCHIER E. L’énonciation éditoriale dans les écrits d’écran. Communication & Langages, n° 145, p. 3-15, 2005.

JEANNERET, Y. Transparence. In: La « société de l’information » : glossaire critique. Paris: La Documentation Française, 2005, p. 137-138. Disponível em: http://www.diplomatie.gouv.fr/fr/IMG/pdf/Glossaire_Critique.pdf. Acesso em: 02 jun. 2013.

KARLSEN, J.; STAVELIN, E. Computational Journalism in Norwegian Newsrooms. Journalism practice, 8 (1), p. 34-48, 2013.

LAMBERT, F.; WRONA, A. Entretien avec Umberto Eco. In: LAMBERT, F. (Ed.). L’Expérience des images. Les entretiens de MédiaMorphose Paris: INA, 20001.

LASCOUMES, P. Gouverner par les cartes. Genèses, n° 68, Vol. 03, p. 02-03, 2007. Disponível em: www.cairn.info/revue-geneses-2007-3-page-2.htm. Acesso em: 02 jun. 2013.

LIBAERT, T. La Transparence en trompe-l’œil. Paris: Éditions Descartes et Cie/ Éd. Charles Léopold Mayer, 2003.

MARCHETTI, D. Les révélations du journalisme d'investigation. Actes de la recherche en sciences sociales, Vol. 131-132, p. 30-40, mar. 2000.

PARASIE, S.; DAGIRAL, E. Des journalistes enfin libérés de leurs sources ? Promesses et réalités du journalisme de données. Sur le journalisme, n° 2, Vol. 1, 52-63, 2013a.

PARASIE, S.; DAGIRAL, E. Data-driven journalism and the public good: Computer-assisted reporters and programmer-journalists in Chicago. New media and society, vol. 15 n° 6, p. 853-871. 2013b.

PARASIE, S. ; DAGIRAL, E. Quand le web colle au territoire : l’exploration de l’information hyperlocale à Chicago. Sciences de la Société, n° 84-85, p. 81-101, 2012.

REBILLARD, F. Le web 2.0 en perspective. Paris: L'Harmattan, 2007.

RINGOOT, R.; UTARD J.-M (orgs.). Le Journalisme en invention. Nouvelles pratiques, nouveaux acteurs. Rennes: Presses universitaires de Rennes, 2005.

ROBERT, V. Un remède à la crise de la presse ? Le journalisme d'investigation en France et en Allemagne. Dokumente/Documents, 4/2012, p. 165-168

RUELLAN, Denis. Le Professionnalisme du flou. Grenoble: Presses universitaires de Grenoble, 1993.

RUELLAN, D. Les « pro » du journalisme. De l'état au statut, la construction d'un espace professionnel. Rennes: PUR, 1997.

SOUCHIER, E. L’image du texte. Pour une théorie de l’énonciation éditoriale. Les Cahiers de médiologie, n. 6, p. 136-146, décembre 1998.

Copyright for articles published in this journal is retained by the authors, with first publication rights granted to the journal. By virtue of their appearance in this open access journal, articles are free to use, with proper attribution, in educational and other non-commercial settings.

 

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.